quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

RESUMO DE GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO 1

RESUMO DE GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO 1


GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO 1. V. 1 / CONSTANÇA MOREIRA. - RIO DE JANEIRO: FUNDAÇÃO CECIERJ, 2010.

AULA 1 – O QUE É GEOGRAFIA?
O espaço geográfico resulta da relação homem natureza através do trabalho que é uma ação consciente pela sobrevivência e é uma prática social, pois envolve a relação homem-homem; é um produto histórico... que apresenta em cada momento as características da sociedade que o produz. Na Grécia antiga os astrônomos descreviam a Terra conhecida da forma matemática como a concebiam. Os viajantes relatavam o mundo a partir dos caminhos percorridos; logo a visão desses pensadores apresentava resultados diferentes. Os elementos que definem a Geografia: O contexto (histórico), o desenvolvimento (técnico) e o posicionamento (político). Diferença entre a Geografia surgida na Grécia e a Geografia que se faz hoje: A geografia surgida na Grécia era resultado dos relatos de viajantes ou dos estudos de matemáticos e astrônomos. Preocupavam-se em descrever o mundo conhecido por eles. Atualmente, a descrição não atende mais aos interesses do homem, que já tem conhecimentos mais amplos e sabe que a organização dos espaços implica o conhecimento das relações sociais, políticas e ideológicas.
AULA 2 – AS ORIGENS E PRESSUPOSTOS DA GEOGRAFIA
A geografia moderna busca articular todos os componentes relativos ao espaço, dentre os quais o homem, a natureza e as diferenças entre lugares e regiões, identificando suas diversas influências e correlações. As condições para a sistematização do saber geográfico -  Moraes assinalará alguns pressupostos que favoreceram a formação da Geografia como um saber sistematizado: A ampliação do conhecimento do mundo propiciada pela expansão marítima europeia; A produção de inventários sobre os lugares; A melhoria das técnicas de navegação; As correntes filosóficas do século XVIII, que valorizam a explicação racional do mundo; A formação dos estados nacionais e a necessidade de racionalizar a gestão do território, população e recursos naturais; As teorias evolucionistas, que colocaram em discussão a relação entre natureza e sociedade.
AULA 3 – AS PRINCIPAIS CORRENTES DA GEOGRAFIA – PARTE 1 – A GEOGRAFIA TRADICIONAL
Humboldt e Ritter tiveram um papel fundamental ao sistematizar o pensamento geográfico, conferindo a Geografia um corpo, dando-lhe, nas palavras de Moraes, uma cidadania acadêmica, agora a geografia era uma disciplina universitária. Assim a geografia  seria a síntese dos conhecimentos da Terra, diferenciação entre os lugares e relação homem-natureza – se tornaram a base sobre a qual se construiria a chamada Geografia Tradicional, seus fundadores (Ratzel e Blache). Esta visão tradicional da geografia compreende toda uma forma de conceber a Geografia, sob um determinado ponto de vista teórico-metodológico. A geografia humana positivista, em três fases: a fase determinista (Corrente Tradicional – Ratzel: as sociedades eram vistas como um produto das condições naturais as quais estavam submetidas); a fase possibilista (Blache – em dois pilares: uma suposta neutralidade científica e uma crítica a geografia de Ratzel. Sua análise geográfica é concebida a partir do entendimento de que o homem é como um hóspede da natureza, sendo que em cada lugar onde se hospeda estabelece uma relação singular com o seu meio, desenvolvendo uma cultura que é originária dessa relação) e a fase de superação definitiva do ecologismo (Febvre – Ruptura com o ecologismo, ou seja, passou-se a valorizar a abordagem histórica, levando-se em conta os processos sociais.)
AULA 4:  A RENOVAÇÃO CRÍTICA DA GEOGRAFIA
A nova geografia, ou geografia quantitativa, tinha por princípio básico compreender os processos e inter-relações entre diferentes áreas, a partir de modelos matemáticos. Dentro da geografia tradicional, o neopositivismo, não levava em conta a complexidade da sociedade e as inúmeras variáveis que a compõem. Da mesma forma, o indivíduo é visto com um sujeito a-histórico, e o espaço, como uma espécie de plano, ou melhor, apenas um palco onde as coisas acontecem. A geografia critica baseia seus fundamentos numa crítica profunda aos métodos analíticos de caráter descritivo a-crítico e a-histórico. A geografia humanística valoriza o sujeito e a subjetividade, permite trabalhar com a valorização da relação da criança com o mundo á sua volta, num processo de descoberta de si e do mundo, assim, a valorização dos espaços subjetivos das crianças é um processo fundamental na construção da geografia em sala de aula.
AULA 5 – O ESPAÇO GEOGRÁFICO
O espaço não é algo estático, fixo, morto, mas sim algo dinâmico, que interage com a sociedade. Isso supera a visão comum do que é espaço, que passa a ser visto como uma categoria de análise da geografia. O espaço acumula tempo, ou seja, ele vai acumulando as marcas de períodos históricos que, com o tempo, vão sendo incorporadas às novas paisagens, às novas dinâmicas que lhes são conferidas. Segundo Milton Santos, o espaço é um conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ações. Para a geografia, a noção de espaço pode representar a distância entre dois lugares, mas pode representar também o conjunto de objetos, de ordem natural, ou não, com os quais a sociedade se relaciona, e a partir dos quais ela se relaciona entre si. Corrêa denominará de organização espacial: (1)Reprodução, ao produzir o espaço, o homem necessita criar as condições para a sua reprodução social.(2)formato de organização espacial, é uma expressão da produção material do homem, resultado de seus trabalho, refletindo sobre as características culturais, econômicas e sociais do grupo que a criou. O espaço também é dotado de movimento, ou seja, a sociedade. O espaço incorpora, em sua composição, objetos e ações. A natureza do espaço, como sendo o espaço um conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ações.
AULA 6 – A PRODUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
A organização do espaço é sinônimo de produção do espaço, pois o ato de produzí-lo implica sua organização, a qual ao mesmo tempo que pode ser planejada, pode ser, também, não planejada, mas que reflete a divisão territorial do trabalho, as características naturais e sociais de cada localidade. Meio Natural – é caracterizado pela limitação das técnicas em superar a natureza e dominá-la. Esses limites implicam uma intervenção menos impactante do homem sobre o espaço, e significa, também, que há uma relação mais harmoniosa entre o homem e o meio. Meio Técnico – é a convivência do natural e do artificial na conformação do espaço. As técnicas estão em um estágio autônomo em relação a natureza. O meio técnico-cientifico-informacional – caracteriza-se pela interação entre ciência e técnica. Essa interação tem permitido a intensificação do processo de globalização. Divisão territorial do trabalho – é uma divisão segundo a qual cada área responde por uma determinada parcela da produção. A organização espacial é assim constituída pelo conjunto das inúmeras cristalizações criadas pelo trabalho social. A sociedade concreta cria seu espaço geográfico para nele se realizar e reproduzir, para ela própria se repetir. Para isto, cria formas duradouras que se cristalizam sobre a superfície da terra. A produção do espaço é resultante de conflitos de interesses que, em geral, são resolvidos com base no poder que cada ator possui de determinar seus rumos. Isso significa dizer que a produção do espaço é resultante de relações de poder.



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