quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

RESUMO DE LITERATURA - AULAS 8 A 13

RESUMO DE LITERATURA - AULAS 8 A 13

LITERATURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR. V. 2/ CLAUDIA CAPELLO ET AL. - RIO DE JANEIRO: FUNDAÇÃO CECIERJ, 2007.

AULA 8
TEXTO LITERÁRIO
ELEMENTOS SIGULARIZANTES
Textos e mais textos o que muda ?
Como já vimos, em outras aulas, que os gêneros discursivos, sempre referenciados a relações sociais e concretas, constituem-se a partir de concepções e práticas textuais singulares, que diferenciam. vamos relembrar, apresentando alguns textos . O tempo
Textos 1, 2, 3, 4.
Nos textos acima você percebeu que o tema foi o mesmo:
Vemos o tempo como companheiro indispensável. Ninguém deixa de pensar no tempo, de sentir sua falta, de correr atrás do tempo? Repare que esse eixo temático, o tempo, foi trabalhado por diferentes formas nos textos. O tema é igual ;a forma de apreensão deferiu.
No primeiro texto, o autor partiu de uma situação que o tempo se inscreve como centro: a mudança de horário no período do verão, em alguns estados brasileiros que causam alguns transtornos em algumas pessoas, ex: para o autor, o transtorno se transforma em reflexões hilariantes, ele humoriza e ironiza o problema. Os outros dois textos apresentam o tempo a partir de uma ótica conceitual e analisam sua importância social e cultural no mundo comtemporâneo.  Os elementos irônicos e humorísticos não tiveram vez nestes textos, seus autores, buscam referencias em estudiosos do assunto, como garantia de confiança ao seu discurso. Podemos não conhecer a física Bodil Jonsson,mas já ouvimos falar em Einstein. Esse prévio conhecimento nos permite categorizar os textos 2 e 3, dentro do discurso científico, aquele que busca argumentos que confiram validade científica às reflexões realizadas.  Observa-se que em alguns textos utilizam argumentos, tentando convencer, persuadir os leitores, buscam formar opiniões. É o estilo da forma discursiva, que caracteriza alguns gêneros discursivos.
No ato de dissertar, mostramos o que sabemos, ou que acreditamos,colocamos nossa opinião sobre o que é ou que nos parece ser.
Na atividade de argumentar, visamos o convencer, persuadir ou influenciar o leitor ou ouvinte, procuramos formar opinião do leitor, convencendo-o de que a razão esta conosco.
Alguns dos textos apresentados, são textos que dissertam, argumentam e informam, que aprofunda e amplia nossa compreensão sobre o tema, mas acrescenta informação para reflexão.
Os textos 4 e 5, possuem características diferenciadas. São textos literários e possuem singularidades. Dois elementos que singularizam o texto literário: a subjetividade e a conotação. A função poética, predomina-se no texto literário, molda-se por meio da subjetividade nos dois textos.
O verbo reter amplia a carga conotativa do texto quando nos causa a sensação de algo que não se quer perder de forma alguma. Semanticamente, a palavra está carregada de sentidos.
Texto 6
Esse trecho é carregado de subjetividade e  de conotação.  O menino expõe sua dor, diante ao amigo morto?
“Meu corpo inteiro se afogava numa tristeza exagerada.” Repare na intensidade dessa perda. Esse elemento caracteriza a subjetividade? Sim e não.
Não é apenas o discurso literário que utiliza o pronome em primeira pessoa, e não é somente de primeira pessoa do singular que se constrói a subjetividade neste tipo de discurso.É necessário que essa subjetividade caminhe par a par com a beleza,o “dito” que encanta, que comove, enfim com o trabalho estético. O texto 6, não é um poema, quando falamos de discurso literário, referimos-nos a uma categoria de textos que possui singularidades que podem ser evidenciadas em prosa e verso, nesse sentido as narrativas também podem ser literárias.
O texto literário, segundo os autores, nos apresentam o texto como aquele que possui  uma verdade própria. Essa verdade” própria”, é mais uma singularidade do discurso literário. Nos textos 4 e 5  os poetas apresentam uma realidade única, frutos de suas vivencias, experiências pessoais e intrnsferiveis.
 
 AULA 9
TEXTO LITERÁRIO 1
A FICCIONALIDADE
AS NOÇÕES DE FICÇÃO E FICCIONALIDADE NOS ESTUDOS LITERÁRIOS

Concepções de ficção: a noção de ficcionalidade
As diversas acepções da palavra ficção. Ficção é o ato ou efeito de fingir, construção voluntária da imaginação, criação imaginária, grande falácia, mentira, farsa, fraude, criação artística, (literária, cinematográfica, teatral), etc.
Todas essas definições possuem um ponto comum, fazem referencia à capacidade dos seres humanos de fingir, de imaginar a realidade. A diferença entre significado cotidiano do termo ficção e seus usos nos estudos literários que devemos observar mais: o grau de intencionalidade dos recursos da imaginação. Para garantir a condição de existência de uma obra literária, não é simplesmente inventar ou imaginar do jeito que quiser, é preciso critério e recursos apropriados da língua, que são harmonizados com os elementos que a compõem.
A ficção e o termo usado para descrever obras criadas pela imaginação, as obras ficcionais podem ser baseadas em fatos reais ou não e sempre contem elementos da imaginação. (Obs.: Ler um trecho texto “vidas secas” paginas 23 e 24; para estabelecerem algumas relações entre noções de ficção e não ficção).
Ambos os textos mostram o mesmo assunto: as condições de vida de um trabalhador rural, no contexto do nordeste brasileiro. A forma de tratamento desses assuntos e bem diferenciado nos dois textos.
E vidas secas, não há informações objetivas sobre características do espaço, podem contribuídas em nossa imaginação apenas pelos elementos sugeridos pelo autor, que se encontra no mesmo campo semântico: a caatinga amarela e a seca que se aproximava, são elementos que sugerem ao autor espaço retratado. O escritor usa a ampla função conotativa da linguagem, em seu sentido figurado para além do seu primeiro sentido. Ex. “Fabiano uma coisa da fazenda, um traste” ou “a desgraça estava a caminho.” Ambos os exemplos não podem considerar as palavras no seu sentido literal, pois nem o personagem é coisa e nem a desgraça se aproximava, mas o fenômeno da seca, fato comum no nordeste. A intenção do ficcionista é de criar um efeito de sentido em que as palavras deslocadas de seu sentido primeiro ganhem múltiplos significados.
A leitura do trecho extraído do estudo Nordeste, os elementos são bem diferentes, utilizando uma linguagem direta e objetiva, os fatos apresentam-se de forma descritiva e analítica, a estrutura de texto é lógica.
O primeiro texto é de natureza ficcional e o segundo não ficcional. Os três principais elementos de um romance são: o enredo (a história) e a personagem, eles representam a sua matéria e as idéias que representam o seu significado. Esses elementos têm sentido quando estão muito equilibrados; oferecendo grau de ficcionalidade (realidade).
Dentre os três elementos a personagem parece ter maior força, mais viva, e a próxima do que consideramos convincente, verossímil, pela possibilidade de identificação afetiva e intelectual do leitor.
Após uma leitura de obra ficcional, ocorrem mudanças efetivas na maneira de ver a vida, na sua própria capacidade de fazer uso da imaginação criadora, as historias inventadas se modificam a cada nova leitura, a obra ficcional torna-se patrimônio vivo e inacabado por conta do processo continuo da leitura, a ficção modifica o leitor, a obra acaba por ser recriada.
·         A ficcionalidade e uma característica do texto literário
·         Ficcionalidade e realidade não se excluem, antes se complementam.
·         A ficção e uma modalidade de leitura indispensável à formação do leitor.
Quando mais ampla for a modalidade de leitura, que o leitor tem acesso, maior será o seu acervo cultural e suas possibilidade e suas de compreender a realidade.

AULA 10
TEXTO LITERÁRIO 2
LITERARIEDADE

Ler os textos 1; 2; 3 e 4 - páginas 40; 41 (texto 2 e 3) e 42.

O texto 1 – é considerado como um texto que emociona, os textos literários chamam a atenção pela singularidade. O estilo utilizado pelo autor ao descrever Fabiano e as reações da cadela baleia nos levam a essa emoção de que falamos a pouco, isto é literariedade.
O texto 2 é um poema, o mesmo possui musicalidade e ritmo próprios, o que os qualifica dentro do gênero literário. O texto 3, essa musicalidade e ritmo podem ser percebidos por meio de recursos diferentes, exemplo: a pontuação utilizada, trecho destacado:
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
Fatigadas de informar.
Dou mais respeito
As que vivem de barriga no chão
Tipo água pedra sapo.

Há versos interrompidos, por pontuação e outros que fluem em conjunto ate a nova pontuação surgir no horizonte.
Literariedade e a essência do texto literário, a sua natureza, existem alguns elementos que “denuncia” em um texto caracterizando-o como texto literário. A linguagem literária e plurissignificativa porque nela o signo lingüístico os sintagmas, as frases são portadores de múltiplas dimensões semânticas, uma multivalencia significativa fugindo da univocidade característica do discurso cientifico e didático e distanciando-se por conseguinte, de um grau zero da linguagem. Os textos literários propõem vários sentidos e pressupõem múltiplas leituras, as palavras, as expressões e as formas lingüísticas utilizadas são para imprimi-lhe a literariedade.
Na linguagem literária verifica-se que os sinais lingüísticos valem não apenas pelos seus significados, mas também em grande medida, pelos seus significantes, pois a tessitura sonora dos vocábulos e das frases, as sugestões rítmicas, as sonoras dos vocábulos e das frases, as sugestões rítmicas, as aliterações são elementos importante da arte literária. Existe uma grande importância da criação artística em um texto literário e as varias possibilidades de perceber esta criação, exemplo: os símbolos, as metáforas e outras figuras estilísticas, as invenções, os paralelismos, as repetições, as figuras de linguagem ao qual já conhecemos. 

AULA 11
Texto Literário 3

A exemplaridade

Exemplum: e um texto curto, que narra uma situação exemplar, o nome já sinaliza com o objetivo de imprimir a historia, uma lição de moral. A exemplaridade e sempre associada ao caráter didático e moralizante dos textos em que se faz presente. É o caso das fabulas.
A oscilação do exemplum entre a tarefa de ensinar, reproduzir um modelo refletir uma verdade e a criação de imagens do universo real provoca uma permanente tensão. O exemplum configura-se numa estratégia retórica que aproxima mais ainda do literário. A leitura é o momento que os textos ganham significado criado pelo leitor, gera sentido para o texto, preenchendo com seu acervo, seu arquivo mental de texto, já lidos, e com isso amplia o horizonte de expectativa.
A importância do texto exemplar esta nesse momento histórico intimamente ligado a objetivos políticos e religiosos. Não há um reconhecimento de sua relevância literária nem de um caráter literário. O texto exemplar puro, ou seja impõe uma verdade a ser seguida, sem a possibilidade de questionamento. A exemplaridade não desaparece da estrutura dos textos, textos literários se diferencia dos demais entre outros elementos pela estrutura latente, chamada “de entrelinhas” pois e nas entrelinhas que encontramos a exemplaridade a partir de determinados momentos da historia da leitura (ler texto paginas: 57e 58).
Os textos são exemplos de historinhas que o público infanto-juvenil elegeu espontaneamente ao logo dos séculos. Como você pode ver são séculos de historias de leitura, de formação de leitores.
A fabula e um texto muito curto, historias simples, mas emblemática, e o mais importante e a moral da historia, ela e explicita, o exempla faz parte da estrutura manifesta do texto, o objetivo e ensinar uma lição.
À bela e a fera – a historia não e tão simples quanto a fabula, e emblemática e trabalha com os arquétipos (modelo, imagem), imagem pronta no imaginário coletivo que simboliza alguma característica com a qual o ser humano convive.
Ao longo da leitura não há explicitação da moral da historia, mas o desfecho apontam para a presença da estrutura manifesta do texto, que não seja de forma privilegiado como ocorre na fabula.

Aula 12
Literatura Fantástica: O estranho e o maravilhoso

O que é verossimilhança? E a capacidade de texto ser fiel a sua própria lógica. No âmbito da ficção literária o parâmetro não é a lógica do mundo real. Ao ler a historia do chapeuzinho vermelho, exemplo: acatamos sem problema o fato do lobo falar com a menina, isso porque, no universo do texto, esse fato e verossímil, não causa estranheza, sabemos que aquele universo é regido por leis diferentes das que regem o mundo real.
No texto fantástico aquilo que é considerado sobrenatural é tratado como natural, onde encontramos nos textos animais que falam seres de outro mundo, bruxas, fadas, personagens e acontecimentos incompatíveis com a realidade, mais absolutamente coerentes com o mundo ficcional do texto que habitam. A literatura fantástica costuma se dividida em níveis de acordo com sua proximidade ou com seu afastamento da lógica do mundo real, são duas possibilidades de ocorrência do fantástico: o estranho e o maravilhoso.
O fantástico é reduzido a estranho,por meio de procedimentos de narrativas, sonho, alucinação, ilusão.
O estranho é quando ao final da narrativa, acontece fatos inexplicáveis, sobrenaturais, recebem a explicação racional. Estamos diante do estranho, ele é identificado como elemento da narrativa quando os acontecimentos levam o personagem e o leitor a crer na intervenção do sobrenatural, recebe da narrativa a possibilidade de explicá-lo reduzindo-o a fatos estranhos. O estranho está assentado no mistério que fomenta o medo.
No maravilhoso- os fatos são realmente extraordinários estão subordinados à lógica do mundo que nos cerca. Os seres humanos dividem naturalmente espaço com bruxas, duendes, gigantes, etc. e todos os tipos de personagens que a ficção seja capaz de inventar

 AULA 13
ELEMENTOS DA NARRATIVA- PARTE 1

GÊNEROS LITERÁRIOS: GÊNESE E TIPOLOGIA

As epopéias eram narrativas em verso, pois a escrita e a literatura eram privilégios de poucos, e nesse caso os acontecimentos eram contados através de versos decassílabos, rimados, que podiam ser “decorados” e repetidos, de pessoa a pessoa, de grupo em grupo, de povo em povo. Esses poemas narrativos se tornaram o que se denomina até hoje, como “narrativa” um dos gêneros literários, e temos também a “lírica e o drama” constituindo essa tipologia própria dos textos literários.
A narrativa como o trama se diferencia da lírica por representar o mundo objetivo e ação do homem, considerada nas suas relações com a realidade externa (ler texto páginas: 86 e 87). Temos dois elementos que contribuem para a ambiência das narrativas literárias: “tempo e espaço”.
Na narrativa literária distinguimos tempo cronológico do tempo psicológico: o primeiro corresponde ao tempo material, concreto. Já o tempo psicológico compreende o que não é mensurável. Exemplo: lembrança de infância de um personagem, reflexão que personagens fazem sobre situações que enfrentam.
Espaço é o lugar, o cenário em que se passam as situações narradas.
A estrutura de uma narrativa literária compreende elementos como o enredo, presença de personagens, ambiência no tempo e no espaço, dentre outros. 















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